May 28, 2009

Crítica: Exterminador do Futuro: A Salvação



Escrito por John D. Brancato e Michael Ferris

Dirigido por McG, com: Christian Bale, Sam Worthington, Moon Bloodgood, Helena Bohan Carter, Anton Yelchin e Common


Terminator é referencia para qualquer fã de ficção científica, e os dois primeiros filmes da série aparecem entre os melhores da história do cinema, em qualquer ranking relacionado ao assunto. Tudo isso graças a uma idéia que há longa data perturba os seres humanos: Seria possível as máquinas alcançarem tal nível de inteligência que as permitisse decidir o futuro da humanidade?


Exterminador do Futuro: A Salvação é ambientado no futuro, precisamente no ano de 2018, onde a Skynet – empresa controlada por supercomputadores – destruiu quase toda a humanidade através de explosões nucleares. John Connor (Christian Bale) é o líder da resistência humana e procura um meio de acabar com o controle das máquinas porém, ao deparar-se com um novo tipo de exterminador, não consegue mensurar o tipo de ameaça que este pode representar para a raça humana.


O diretor McG, mais conhecido por seus videoclipes, consegue criar um clima “cyber-punk-apocalíptico” ao longa, que em grande parte lembra Mad Max e Matrix e, ao mesmo tempo, aplica toda a idéia de destruição causada pelas máquinas e apresentada nos primeiros filmes da série, conciliando de forma perfeita a combinação entre luz e sombra, bem aplicada, por exemplo, em cenas como o refúgio dos rebeldes (demonstrando a depressão do lugar), e quando estão ao ar livre – cenas com muita claridade, passando a sensação de “abrir os olhos”, uma espécie de renascimento, toda vez que assim é apresentada.


O filme acerta em citar pequenas referências aos demais filmes da série, como a cena de perseguição de caminhão por uma moto ou que explica como Kyle Reese (Yelchin) aprendeu a segurar sua arma. O momento em que o T800 aparece com a imagem imponente de Arnold Schwarzenegger é de causar delírio aos fãs, mesmo tendo sido tão mal explorada, e até a música You Could be Mine do Guns N’ Roses está presente.


O elenco é eficiente, ainda que conte com atores sem grande destaque na mídia, com destaques para Sam Worthington (Marcus Wright, o exterminador híbrido, metade homem, metade máquina), Anton Yelchin e Christian Bale que, apesar de exagerar na voz rouca (sempre sussurrando, uma alusão a seu personagem Batman), sempre aparece como uma figura cansada da guerra, magro e sempre sujo, consegue criar um personagem que realmente representa a figura do líder, narrada pelos viajantes do futuro nos filmes anteriores, criando grande peso à narrativa. Além disso o elenco feminino é composto por beldades, e acho difícil que alguém não se apaixone por Moon Bloodgood, californiana que vive Blair Williams, piloto e interesse romântico de Marcus no filme.


Sem contar com o humor presente em Exterminador do Futuro 2, em alguns momentos o sorriso é inevitável, pois em um filme onde a perseguição é uma constante, os momentos de alívio servem de margem à esperança e ao sonho de viver uma vida tranqüila, vida essa que John Connor nunca vivenciou, pois teve que aprender desde cedo a agir com a responsabilidade de ser “O salvador da humanidade”, treinado por sua mãe a sempre viver em alerta, o que me faz refletir sobre a mensagem (questão) que a história do filme nos traz: “Seriam realmente as crianças o futuro de nossa civilização? Seriam elas capazes de lutar por um futuro o qual nossa geração insiste destruir, seja por maltratar o ecossistema ou pela criação de armas de destruição em massa?”


A pergunta não tem resposta, mas o filme serve como um alerta de que o homem pode se prevenir para que, um dia, nossos descendentes não precisem sofrer e lutar para consertar um mundo, onde o único culpado sempre foi o próprio ser humano. Ao invés de esperar que nossas crianças possam melhorar o futuro da humanidade, deveríamos trabalhar o presente, pois é ele quem guarda o futuro.


Se um dia as máquinas poderão controlar nossas vidas, a resposta nós já vivenciamos, pois quase tudo hoje em dia é controlado por uma máquina. Cabe a nós uma missão um tanto quanto complicada: utilizá-las para o bem!


1 comentários:

Erasmo May 28, 2009 at 10:12 a.m.  

Excelente texto... excelente visão!
Como virou moda dizer: "o futuro é agora."
Abraços!

Twitter

Seguidores

Mais Comentados

Widget UsuárioCompulsivo

  ©Template by Dicas Blogger e Modificado por Logan.

TOPO  

BlogBlogs.Com.Br